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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

EU E A CRISE

É impressionante como a mídia explora as notícias negativas que acontecem em outras partes do mundo, ao contrário do que se esperava, globalizaram as desgraças.
Crises financeiras existem desde que o homem inventou o comércio.
Em toda a história civilizada sempre se produziu a subsistência e posteriormente um excedente, com a finalidade de trocar ou vender, e depois disso nunca mais tivemos sossego.
Com a evolução veio a especulação, a sede de poder e de riquezas materiais, que em resumo tornou a humanidade cada dia mais afastado de sua ordem primitiva que era viver em sociedade.
Os povos foram divididos em grupos e catalogados, ricos, pobres, emergentes etc.
Uns com maior poder que outros, acabaram monopolizando todo o sistema mundial financeiro, e agora eu sou obrigada a ouvir pelo menos dez vezes ao dia, notícias destes poderosos e as asnices por eles cometidas.
É de saturar qualquer cristão, sem falar na ansiedade que acabamos por sentir, neste sobe e desce de números e cotações. Eu que não faço a menor idéia de como funciona o sistema financeiro no mundo, a única bolsa de valores que conheço, é a minha, que nem de couro é, e que dificilmente consegue manter “valores” dentro dela.
Em outros tempos não estaríamos tão apreensivos, pois certamente nem saberíamos dos detalhes destes problemas todos, e que ao final das contas, de nada adianta tamanho conhecimento da crise americana, visto que eu nada poderei fazer para mudar o rumo das coisas, a não ser esperar como qualquer espectador.
Se eu puder fazer alguma coisa, preciso saber o meu lugar nesta pirâmide, ou seja, lá em baixo, assim estou mesmo preocupada é com quem vão eleger em minha cidade para prefeito, por exemplo, se todos tivessem este pensamento, quem sabe não existiriam maus governantes quebrando países ricos como os Estados Unidos.
E já me cansei de ouvir falar em crise, desde que me conheço por gente eu escuto esta palavra como se fosse uma sentença.
Estou certa de que o mundo não vai parar por causa da dor de barriga dos americanos, e tão pouco se resolverá os problemas reais da humanidade, no máximo alguns ricos ficarão menos ricos, e alguns pobres mais pobres, mas nada que ameace a existência humana.
Meu maior receio não é a falta de dinheiro, e sim a falta de humanidade que se disseminou nestes tempos de modernidade, ainda não se viu nenhum chefe de estado contabilizar as perdas humanas pela falta de comida e de solidariedade, mas a preocupação com os grandes bancos e as grandes empresas, é mesmo prioritária.
Assim sendo, fico aqui quieta com meus pincéis e tintas, a reinventar os sonhos, e admito que a única crise que realmente me afetou, foi quando fiz 40 anos rsrs, mas até esta já superei.
“Oriunda do latim, o termo crise equivale à palavra vento. Indica, assim, um estágio de alternância, no qual uma vez transcorrido diferencia-se do que costumava ser. Não existe possibilidade de retorno aos antigos padrões.”
Entendo com isso, que as crises são boas, que elas podem ensinar que é necessário mudar as regras de um jogo apodrecido pela ganância.